segunda-feira, 6 de outubro de 2008

De novo convosco

É verdade. Depois de um mês e pouco sem escrever nada por estas bandas, venho dar notícias.

Falo-vos para lá das montanhas de Parván e Nardak, do complexo montanhoso do Pamir, da cidade capital do Afeganistão, Kabul.

E falo-vos com sentimento e com vontade de vos dizer que tudo está bem comigo e que continuo o mesmo.

Esta terra recondita, submersa sob o pó que os ventos levantam, levou-me ao habitual sentimento de afastamento tão característico em mim. E escrevi, espero que gostem.


AFASTADO

Aqui estou eu, outra vez só entre a gente,
Procurando quem sou, o que farei no futuro.
Sempre, do que me rodeia, consciente,
Todavia, o que vejo, nada mais é que duro.

Afinal, o que vim aqui fazer?
Qual foi a ideia que, para aqui, comigo correu?
Se alguém esta dúvida tiver
É porque, certamente, pensou como eu.

Descobrir o que vai dentro,olhando para fora;
Saber como reagir, ignorando o alheio sofrimento;
Na mais profunda contradição ser, aqui e agora,
Da hipocrisia dos outros, o sustento.

Mas um dia, nós os portugueses do Mundo,
Por sermos, entre as demais, a Nação especial,
Saberemos elevar-nos do mar mais profundo
E gritar bem alto o nome de "PORTUGAL".



Se não gostaram peço desculpas, mas está aqui muito de mim.

Beijos e abraços.

domingo, 31 de agosto de 2008

Mais uns desabafos

Hoje não quero ser azedo.
Hoje não quero ser venenoso.
Hoje quero relembrar uma frase minha.
Hoje estou positivo e quero ficar assim.
É bom sentirmos felicidade de vez em quando.
É bom sentir que faço falta em algum lugar.
É bom ver aflição quando digo que vou mudar de poiso.
E não pensem que estou a falar sentimentalmente, até porque isso não é assunto para trazer para aqui.
Eu cheguei a uma posição em que, quando digo "Vou bater com a porta", vejo gente preocupada e isso faz bem ao ego.
Eu sei que não passam de desabafos mas é bonito.
Em conclusão eis a frase:
É bom poder dizer:
O QUE EU QUERO EU SEI, O QUE EU POSSO SABEREI. O QUE EU NÃO PUDER NÃO QUERO SABER.
Ah grande José Régio, ensinaste-me tanta coisa.
Vejam como é diferente o sentimento deste outro que demonstro de mais um poema feito no Kosovo.


ESTE É O MOMENTO

Este é o momento certo para dizer
Tudo o que me vai na alma ferida
Deste desterro a que estou sujeito.
Quero gritar, mas não consigo sequer inspirar respeito,
Ninguém me dá a mais pequena guarida
Para eu saber o que fazer.

É tudo uma questão de paciência, alguém dirá.
Mas se tal fosse a mais pura das verdades,
Poder-se-ia dizer também que quem espera
Não só alcança, mas também desespera.
E nem que me digam que são apenas saudades,
Este é o momento em que tudo se abrirá.

Este é o momento da mais pura solidão,
De caminhar só por entre a gente,
De saborear fel ouvindo um violino tocando.
Mas por favor alguém me responda: até quando
Terei de ficar de lado? De ser diferente?
Não é fácil alguém ajudar-me, pois não?

Também não esperava que me ajudassem.
Estou habituado a sofrer comigo mesmo
Todas as peripécias que a vida me apronta.
Só que no fim, depois de acertada a conta,
Dou comigo por aí, a andar a esmo,
Sem rumo, como se as pessoas me evitassem.

Quero sentir ainda uma última réstia de alento
Para poder dizer a tudo quanto é mundo
Que estou vivo, que respiro, que sinto...
E se o futuro vier a dizer que aqui minto
Será porque cometi um erro profundo
E não era mesmo este o momento.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

DE VOLTA À ESCRITA MAS REVOLTADO

Olá.

Aqui estou de novo. Escrevo porque a desconfiança e a grande raiva me assolam mais uma vez.

Antes de explicar importa esclarecer que não sou um qualquer "Velho do Restelo" contra os ventos da modernidade que sopram sempre e sempre nos acompanham.

Mas quero levantar a voz contra o que me parece ser a tentativa velada de matar um dos símbolos do nosso passado e que continua a trazer-nos momentos de grande beleza e serenidade.

Falo-vos dos acidentes continuados na belíssima LINHA DO TUA.
Investiguemos apenas factos.

1 - É um facto que o número de acidentes aumentou grandemente desde que se fala em construir a barragem do Tua;

2 - É um facto que esta nova barragem vai trazer, se vier a ser construída, 324 megawhat o que significa em termos mais inteligíveis que a energia produzida não chega para Trás-Os-Montes, logo terá de ser colmatada de outra forma;

3 - É um facto que esta linha movimenta cerca de 40.000 turistas por ano;

4 - É um facto que esta linha está entre as 5 mais belas linhas da Europa segundo um vasto leque de operadores turísticos estrangeiros.


(Beleza a cores e a preto e branco)
Analisemos agora a envolvência desta questão. Para tal socorro-me de fotos que gentilmente me foram enviadas por um Amigo de Mirandela, Pedro Bahamonde, e de fotos e algum texto de um senhor de nome Rui Rodrigues e que se encontram nos seguintes sites:

A linha do Tua foi inaugurada em 1887, curiosamente no seu troço actual, Foz do Tua - Mirandela, tendo sido prolongada até Bragança em 1905. Em 1991 foi de novo reduzida até Mirandela, o que já na altura causou bastante polémica, eram então Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o Eng. Joaquim Ferreira do Amaral e Primeiro Ministro o Dr. Aníbal Cavaco Silva, que coincidência. O que é que os senhores de Trás-Os-Montes teriam feito ao nosso Presidente?

A polémica criada à volta do encerramento do troço Mirandela - Bragança prendeu-se com o facto de, não contando com as capitais de distrito insulares, esta (Bragança) passava a ser a única sem serviço de linha férrea. Já em 1991 estávamos a contribuir decisivamente para a desertificação do interior do País. Se virmos bem quase todos os produtos da zona eram escoados por via férrea, sobretudo a cortiça, os cereais, a azeitona e o melhor azeite do Mundo, premiado internacionalmente já várias vezes.

(Estações de Rossas e Mosca, abandonadas em 1991)

Vem-se agora falar da construção de uma barragem da foz do Tua. Se for construída com a cota prevista de 195m, 90% da Linha do Tua ficará submersa, cortando assim uma das poucas ligações de transporte entre Mirandela e o Porto (via Linha do Douro) e vice-versa, para pessoas e bens. Mais uma vez se vai contribuir para a desertificação do interior pois a falta de comboio, aliada à precária rede viária que liga Trás-Os-Montes ao resto do País, leva as pessoas a migrar para locais mais bem servidos socialmente.

Mas como é necessário construir a bem dita barragem e as populações se opõem, então há que criar na opinião pública a sensação de insegurança à volta da Linha mais bonita de Portugal.



(Mais duas imagens para atestar da beleza estonteante desta viagem)
Realmente parece a teoria da conspiração, mas não será estranho que, desde que se fala da barragem, tenham acontecido mais acidentes do que quase em toda a longa vida, de mais de 120 anos, desta Linha do Tua?
E mais uma vez o zé jornalista tem a faca e o queijo na mão mas o que publica é o sensacionalismo do acidente, mas quase não fala da estranheza que é não se conseguirem determinar as causas deste último acidente, em que infelizmente faleceu uma pessoa. Dizem as investigações que não houve erro humano, que a via estaria em bom estado e que a composição também era de confiança e que, portanto, é difícil explicar o inexplicável.

É triste viver num País em que os interesses das grandes empresas se sobrepõem aos INTERESSES NACIONAIS. Será que alguém ainda se lembra do que é INTERESSE NACIONAL? Deixem de ser espanhóis. Sejam PORTUGUESES.

Até à próxima e, como dizia o meu amigo Hugly Kid Tony, fiquem benzinho.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Directo dos Açores

Aqui estou eu a escrever do Arquipélago mais lindo do Mundo.

O Arquipélago que tem nele a ponta mais ocidental da Europa, sim porque aqui é PORTUGAL.

Açores de seu nome, com as suas nove ilhas (Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Côrvo) constitui o maior espaço marítimo à responsabilidade de um País (PORTUGAL).

As suas ilhas, de beleza impar e de per si invulgares, formam um conjunto que, turisticamente bem explorado, poderia ser o destino mais procurado no Mundo.

Até a própria actividade vulcânica, tantas vezes trazida à baila como factor do não desenvolvimento, poderia ser alvo de um turismo científico bem planeado e assistido.

A sua riqueza piscícula daria para a realização de múltiplas actividades desde a pesca desportiva ao mergulho fotográfico e também ao já mencionado turismo científico para estudo das suas mais variadas e raras espécies, enxaréu e veja (lê-se véja), por exemplo.

A sua riqueza gastronómica não tem par sendo de realçar os diversos pratos de polvo e as alcatras deliciosas e tão típicas (se a Europa não as proibir ou se a ASAE não mandar fechar os nossos restaurantes mais típicos).

A sua produção de gado bovino tem tanto valor que a Europa já mandou reduzir a produção leiteira, quando nós portugueses poderíamos estar a usofruir de produtos derivados do leite e do próprio leite a muito mais baixo custo. Temos as grandes cadeias de super e hiper-mercados a importar leite espanhol excedentário enquanto nós, os Portugueses, temos de produzir menos. É isto que ganhamos com a nossa insercão na Europa Comunitária, que ao nome só faz jus para os países mais poderosos do centro da Europa e Espanha. Por isso acho que os políticos europeus não querem fazer referendos, pois sabem que as massas são nitidamente contra esta união de Estados, veja-se o caso da Irlanda que é sintomático: o único país a referendar o Tratado de Lisboa, votou NÃO à sua ratificação. A reacção dos outros foi, não alinhas, pomos-te de parte, ou seja, ou os países da união são alinhados sem fazer ondas ou pura e simplesmente não interessam e são postos à margem pelos mais poderosos. O que me parece é que os nossos políticos teem medo de perder o dinheiro e o poleiro fáceis da Europa e por isso não põem em referendo estes assuntos. Estaríamos muito melhor fora deste grupo de mandões da Europa.

Mas continuando nos Açores. Há espaço para tudo neste Arquipélago a meio Oceano plantado. Podemos ter desde uma Base Aérea na Terceira, movimentada e que gera cinergias à sua volta, até ao sossego retemperador das quedas de água nas Flores; desde o calor subtropical de Santa Maria, até às neves do Pico; desde da actividade vulcânica significativa de São Miguel até à calma da ilha do Corvo; desde a alcatra de mero da Graciosa, ao queijo de São Jorge e ao gin do Peter's no Faial.

A diversidade que estas Ilhas representam são razão suficiente para se dizer que se o paraíso existe (duvido), uma das suas extenções chama-se Açores e está aqui, no Reino de Portugal.

Se até os cachalotes e outros mamíferos marinhos de grande e médio porte fazem destas paragens um refúgio, porque é que nós fechamos os olhos a todo este potencial?

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Tristeza alegre ou finalmente

À custa do bom nome de Portugal saiu Scolari sem ganhar qualquer troféu, e ainda bem.
Tenho estado a ouvir os comentários sobre o jogo e ainda não ouvi falar das verdadeiras razões da eliminação aos pés do colosso alemão e é tão simples.
1 - Portugal não se dá bem com brasileirismos nem na selecção nem em nada que se possa pensar (acordo ortográfico incluído) e ter Scolari, mais Murtosa, mais Schenaider, mais Deco, mais Pepe é demais.
2 - O grande jogador desta equipa, o verdadeiro patrão da selecção, JOÃO MOUTINHO, lesionou-se e teve de sair ainda na primeira parte e acabou-se aí a única hipótese de criatividade que já se estava a revelar no jogo.
3 - O modo de defender bolas paradas adoptado pelo brasileiro que nada ganhou, enterrou a equipa.
4 - A equipa ideal de Portugal, com os que foram convocados, seria: Ricardo, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Miguel Veloso, Fernando Meira, João Moutinho e Simão, Quaresma, Cristiano Ronaldo e Nani.
Agora por favor aproveitem o balanço de união nacional e corram com o Sócrates do poleiro e, já agora, ponham o Rei de Portugal no poder.
Acabem com estes políticos corruptos.
VIVA PORTUGAL

domingo, 1 de junho de 2008

Há muito tempo

É verdade. Há muito tempo não vinha por aqui.
E se venho é porque me parece que é preciso chamar já a atenção para quem ganhou as eleições no PSD.
Reparem que era a única candidata que referiu que o Sócrates está a governar bem. Que não é possível fazer melhor. Lindo. E a alternativa a Sócrates é agora uma sua apoiante, a Manuela.
O Povo Português é mesmo burro ou então masoquista.
Que ideia pode passar pela cabeça das bases do PSD para cometerem uma atrocidade destas?
Ou seja, nos próximos 5 anos e meio, vamos ter mais do mesmo. Ou temos Sócrates mais 4 anos ou temos Manuela Ferreira Leite esses mesmos 4 anos o que é exactamente a mesma coisa.
Isto tudo, porque o Povo Português não é capaz de reagir e não votar nestas nódoas.
Aliás o Povo Português não reage a nada. Estamos em pleno protesto contra o aumento dos combustíveis e o que se passa?
O Povo Português continua a ir reabastecer à GALP, à BP e à REPSOL. E os jornalistas não dão cobertura se está a ter adesão ou não o boicote. Não interessa incomodar. Mais uma vez os jornalistas a calarem uma voz já de si fraca.
Vou sempre dar ao mesmo sítio: os jornalistas portugueses não prestam.
Votos de melhoras PORTUGAL.
E que, pelo menos a selecção, vá à segunda fase que já não seria mau.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Mais um poema

Este blog está quase a ser um depósito de composições minhas.
Este é mais um exemplo do KOSOVO

ESTE É O MOMENTO

Este é o momento certo para dizer
Tudo o que me vai na alma ferida
Deste desterro a que estou sujeito.
Quero gritar, mas não consigo sequer inspirar respeito,
Ninguém me dá a mais pequena guarida
Para eu saber o que fazer.

É tudo uma questão de paciência, alguém dirá.
Mas se tal fosse a mais pura das verdades,
Poder-se-ia dizer também que quem espera
Não só alcança, mas também desespera.
E nem que me digam que são apenas saudades,
Este é o momento em que tudo se abrirá.

Este é o momento da mais pura solidão,
De caminhar só por entre a gente,
De saborear fel ouvindo um violino tocando.
Mas por favor alguém me responda: até quando
Terei de ficar de lado? De ser diferente?
Não é fácil alguém ajudar-me, pois não?

Também não esperava que me ajudassem.
Estou habituado a sofrer comigo mesmo
Todas as peripécias que a vida me apronta.
Só que no fim, depois de acertada a conta,
Dou comigo por aí, a andar a esmo,
Sem rumo, como se as pessoas me evitassem.

Quero sentir ainda uma última réstia de alento
Para poder dizer a tudo quanto é mundo
Que estou vivo, que respiro, que sinto...
E se o futuro vier a dizer que aqui minto
Será porque cometi um erro profundo
E não era mesmo este o momento.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A montanha pariu um rato

Pois é verdade.

Como é costume em Portugal, os poderosos safam-se sempre.

Refiro-me à vergonhosa sentença de condenação de FCPorto e Boavista FC numa das conclusões do apito final.

Dois clubes com a mesma culpa no cartório têm punições diferentes.

- O Boavista desce de divisão, o Porto só perde 6 pontos quando já é cómodo perdê-los;

- O Boavista tem de pagar 180.000 € de multa, o Porto só 150.000 €;

- O presidente do Boavista castigado 4 anos, o do Porto só 2.

Sempre me ensinaram que ou há moralidade ou comem todos. Porquê esta diferença? É que sempre foi assim. Aqui ficam alguns exemplos:

- Sá Pinto agrediu Artur Jorge num local público, levou um ano de castigo sem poder jogar em Portugal. 2 semanas apenas depois deste acontecimento, Jardel (então no Porto) e João Vieira Pinto (então no Benfica) pegaram-se ao soco no estádio da luz e levaram um jogo de castigo cada um. Há relativamente pouco tempo o brasileiro selecionador de Portugal tentou a agressão a um atleta dentro do recinto desportivo, a Federação Portuguesa de Futebol apoiou-o, nunca o castigando por tal acto.

Vejam esta comparação, é muito menos grave, perante os olhos dos nossos dirigentes desportivos, andar ao murro dentro dos recintos desportivos onde se pugna pelo fair-play e pelo desportivismo, do que num local público que nada tem a ver com um recinto desportivo. Ou será que Sá Pinto foi castigado por ter conseguido fazer o que milhões de benfiquistas queriam fazer e não tinham coragem? Ou será ainda que Sá Pinto foi castigado porque envergava a camisola às riscas verdes e brancas e essas não são as cores de Porto e Benfica? É que parece que para se ser castigado não se pode pertencer àqueles dois clubes.

- Outro exemplo de dualidade de punições: numa época encontram-se Benfica e Sporting numa final da Taça de Portugal, a festa do futebol português. Um elemento da claque No Name Boys do Benfica dispara um very-light militar e mata do outro lado do Estádio Nacional (uma das grandes obras do Estado Novo) um adepto do Sporting. Castigo para o Benfica zero. Na mesma época, num jogo entre as mesmas duas equipas no Estádio José Alvalade, a Juventude Leonina mandou para o relvado oito tochas de fumo o que obrigou a interromper o referido jogo. Castigo para o Sporting 1 milhão de escudos (mil contos). Num jogo da mesma época entre os dois rivais de Milão (Inter e AC Milan), um adepto do AC Milan manda com uma garrafa de Coca-Cola e acerta no calcanhar do fiscal de linha, não tendo resultado nenhuma lesão no senhor. Castigo para o AC Milan, 3 jogos em casa para o campeonato a jogar à porta fechada sem receita portanto, multa e perca dos 3 pontos do jogo que disputou com o Inter. Então já acreditam que é preciso não se ser do Benfica ou do Porto para se ser castigado? o caso dos de Milão era só para entenderem a gravidade dos actos. Matar uma pessoa é um acto normal, já os outros provadamente não o são. O que aconteceria se a mão do jovem que disparou o Very-light estivesse virada para o camarote presidencial em vez de estar virada para o outro lado? Nada de diferente com certeza pois, se acertasse no Presidente da República, estaria a matar outro adepto do Sporting.

- Ainda outro exemplo: no passado fim de semana, resultante dos scores dos diversos jogos da jornada, ficou o Sporting no segundo lugar do campeonato, com 2 pontos de avanço do Vitória de Guimarães e 3 do Benfica, ficando adiada a decisão desse segundo lugar para a última jornada. Durante a semana foram consecutivamente inventadas histórias à volta da equipa do Sporting de modo a tentar desestabilizar a juventude quea compõe Na passada 4ª. Feira foi a possível interdição de Alvalade por um jogo, por causa do comportamento das claques num jogo de há um mês atrás. Na 5ª. Feira foi o possível castigo a Yannick Djaló por 2 jogos, por causa de um gesto a pedir silêncio depois de festejar o golo (quantos não fazem isso). Na 6ª. Feira foi a história de que o Sporting teria ordenados em atraso, desmentido pela própria fonte 6 horas após divulgado.

Os milhões que o segundo lugar proporciona, estão a movimentar os acólitos do Benfica de modo a preparar o assalto ao segundo lugar na última jornada, roubando V. de Guimarães e Sporting para lá chegarem.

Mais não digo por hoje.

domingo, 4 de maio de 2008

José Régio

Eis o poema que me define e que publico por ser o meu preferido. Cântico Negro de José Régio. É sublime.

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"

Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí!
Só vou por onde me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...

Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide!
Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, MAIS NINGUÉM.

Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!

A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

José Régio

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Desabafo sentido

Hoje é dia 2 de Maio e ontem foi o dia do luto nacional. Eu explico.
O dia 25 de Abril de 1974 foi dos dias mais bonitos que se viram em Portugal. A Liberdade instaurada por conta de um punhado de militares que puseram na rua o poder que estava nas mãos de alguns.
O dia 1 de Maio de 1974 foi o dia mais feio que Portugal viveu. Foi o dia em que ficou demonstrado que a verdadeira intenção dos políticos que tomaram o poder era tudo menos fazer evoluir Portugal. Viveram-se horrores nesse período conturbado em que tudo era saquiado, roubado, ocupado, estragado, queimado e vandalizado (arranjei tantos sinónimos para nacionalizado).
O dia mais bonito de Portugal foi o 5 de Outubro.
Não, não é esse da vergonhosa afronta republicana de 1910.
É o 5 de Outubro de 1143 em que se comemora o aniversário do Tratado de Zamora. Nesse dia, naquele ano do século XII, os selos reais, reconheciam pela primeira vez o Reino de Portugal, e D. Afonso Henriques como seu suserano. A data é da maior importância para a História do país, dado representar e demonstrar no papel e em documentos escritos, a determinação de D. Afonso Henriques e dos homens livres que o acompanhavam.
Uma guerra civil entre portugueses e galegos começou então, que acabou com a separação e a criação do Reino de Portugal.
Portugal comemora, no entanto, a implantação da República Portuguesa. Um regime imposto aos portugueses por um golpe de estado feito contra a vontade do povo e do qual se aproveitaram organizações criminosas como a Maçonaria, que dois anos antes tinha dado ordens para o assassínio do rei D. Carlos I.
Numa altura em que as organizações Maçónicas, de forma cada vez mais aberta, conspiram para assassinar Portugal, é sintomático que se comemore o crime, e se esqueça o acto fundador na Nação a que temos orgulho de pertencer.
A República, embora não referendada, transformou-se em instituição legítima, mas a sua legitimidade ganharia se houvesse coragem de perguntar aos portugueses se de facto a querem, e se respeitasse a História do País, lembrando o acto fundador de 1143 e da conferência de Zamora, da qual resultou o tratado que transformou Portugal numa realidade até hoje.

Viva Portugal. Viva El-Rei

quarta-feira, 30 de abril de 2008

E agora mais desabafos

Olá a todos os que lêem este blog.
Queria pedir-vos um favor: deixem comentários, digam o que pensam, queria ter as vossas opiniões. Estou neste momento com 70 visitas ao blog e 2 comentários úteis e simpáticos. Mas mais nada.
Se estou a desabafar para o éter então paro de blogar.
Sei que custa perder algum tempo a tentar entender estas coisas estranhas que para aqui ponho.
Sei também que este não é o tipo de coisas que as pessoas gostam de ler.
Mas caramba, um simples "que ganda merda" já me indicaria que alguém leu.
É uma questão cultural de nacionalidade portuguesa. Estamos habituados a ler , mas nunca comentar.
Peço-vos mais uma vez : por favor COMENTEM.
Obrigado

Como se sofre

Olhem como se sofre quando se está longe.
A esta distância até me parece exagerado o que está escrito, mas reflete exactamente o que sentia nesses momentos entre 1999 e 2001.
Se acharem lamechas passem à frente mas eu gosto.


SAUDADES TUAS

Às vezes não são os poemas que me ajudam,
São as recordações que me marcaram o passado
Que me levam a fazer o que me dá na gana.
Por isso eu peço aos amigos que me acudam,
Que me ajudem a passar este mau bocado
Desta vida que, qual espelho distorcido, me engana.

Ainda que seja de difícil solução,
Gostaria um dia de ser eu a conduzir a minha vida
De modo a concretizar os meus sonhos mais bizarros:
Ter sempre a minha família aqui à mão,
Nunca mais sentir o desgosto da partida,
Não precisar de afogar as mágoas em cigarros.

Serão assim tão difíceis de realizar estes desejos
Que parecem tão normais ao mais comum dos mortais?
E se não são, porque não os tenho eu agora?
Talvez a resposta esteja na falta dos teus beijos,
A ausência do meu filhote também é, para mim, demais.
Desejo-te com toda a força, a toda a hora,

Mas como aqui não tenho família nem amigos,
Continuo a sonhar com o dia do regresso
E ainda mais com poder-te abraçar e beijar enfim.
Esquecendo os problemas mesquinhos e antigos
Deste homem sem possibilidade de progresso
Até que abra os olhos e nisto ponha um fim.

Uma brincadeira

Esta é outra das brincadeiras que gosto de fazer.
Não foi dedicado a ninguém.
Foi apenas aproveitar títulos de canções.


PROMESSA

Já era uma aspiração antiga
E agora "já pode ser tarde",
Mas era "numa canção amiga"
Que eu te mostraria como o meu coração arde.

Essa canção seria "o barquinho da esperança"
Para te levar o meu amor.
Mas, "num olhar" de confiança,
Consegui ser eu o transportador.

Cheguei por fim ao meu destino,
Vindo da "cidade mar" com esta veia,
Para esse "canto de passagem" pequenino,
A mui nobre e sempre leal Grande Aldeia.

Mas a minha "maneira de ser"
É em tudo diferente,
É a todos bem querer,
É o "silêncio de tanta gente".

"Quero-te, choro-te,
Odeio-te, adoro-te".
Mas chorar e odiar, porquê?
Por não estares ao pé de mim, já se vê.

Mas "este quadro" singular
Em que "notícias vêm, notícias vão",
Há-de algum daí acabar,
Nem que tu digas que não.

Neste "tricot de cheiros"
Em que a saudade abarrota
Nós não somos os primeiros.
É mais antigo que "a padeirinha de Aljubarrota".

E foi "pelo fim da tarde"
Que eu enfim percebi
Porque é que o meu coração arde:
É por causa de ti.

Mas "que coisa é esta vida?"
Será o fruto do nosso desencontro?
Eu aqui te prometo, minha querida,
Está para breve "o nosso encontro".



NOTA: Entre aspas estão os títulos das canções concorrentes ao festival da canção de 1995,

AGRUPAMENTO BRAVO

Antes de pôr mais este poema aqui importa explicar o porquê de ele existir.
Trabalhei algumas vezes no Kosovo e esta é uma homenagem singela àqueles que, comigo, partilharam os mesmos anseios, as mesmas angústias e o mesmo querer de tudo fazer para bem servir Portugal.

AGRUPAMENTO BRAVO

A singela homenagem que quero prestar
Goza de uma particularidade especial.
Reunindo um pouco de sorte e muito de saber,
Untando com um pouco de orgulho nacional,
Prepara-se tudo para não azedar,
Adicionando a pouco-e-pouco experiência,
Mexendo sempre com a colher da consciência.
Entretanto, num teatro ao lado, para comparar
Nada é feito com este sal.
Tudo parecer ser feito para morrer,
Omitindo, da receita, o essencial.

Bravo, Grandes Portugueses!
Relembrem ao Mundo quem somos.
Amando sempre a Nação que, por vezes,
Vai esquecendo a História do que fomos.
Obrigado por serem o exemplo para os mais suezes.



Para os mais incautos chamo a atenção de que, iniciando cada verso se encontram letras que, lidas na vertical, indicam a quem é dirigida esta ode.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

MAIS UM DESABAFO

Escreve-se tanto neste país sobre o que parece ser a hipocrisia dos governantes, mas nada se diz. E o que parece mais normal é cada um falar as suas ideias mas, quanto mais perto está da fonte do descontentamento, menos diz. Escreve-se e fala-se mas não se diz nada. Eu não sei porque tal acontece mas vou pensar alto.
Há muito pouco tempo reviu-se o acordo ortográfico da Língua Portuguesa. Para além de perdermos uma data letras noutras tantas palavras, perdemos sobretudo a face. Deixámos de ser a Nação que manda no Português, passámos a escrever Brasileiro. Passámos a falar com sotaque estranho no País de origem da Língua. Eu nunca escreverei segundo este novo acordo ou qualquer outro que prejudique tanto a imagem do meu Portugal como este.
Volto a frisar que não escrevi República Portuguesa, escrevi Portugal. O nome do meu País é Portugal. Pátria do Português Língua. A Língua que se fala na Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) é o Português, não é o Brasileiro. Mais uma vez os nossos políticos cederam vilmente nos interesses de Portugal, mas desta vez fora longe demais, cederam na nossa Língua, um dos fundamentos para a existência de uma Nação.
Políticos como Álvaro Cunhal, que tentaram vender este País à Rússia e que enterrou mais a economia do País em ano e meio do que todos os que se lhe antecederam e sucederam (ainda está o Estado hoje a pagar indemenizações desses tempos de ocupações selváticas de propriedade privada); como Mário Soraes que, para além de vender o País à comunidade europeia (com letra pequena de propósito), conseguiu fazer a mais estúpida descolonização de que há memória na História do Mundo e que disse numa entrevista em 1975 que os Portugueses que viviam nas ex-Colónias se deveriam mandar aos tubarões; como otelo saraiva de carvalho (este nome repugna-me desculpem tive de ir vomitar e voltei) que para além de terrorista, foi dos mais chorou aquando do enterro do saudoso Dr. Oliveira Salazar e foi aquele que elaborou as listas de pessoas a abater no Campo Pequeno, na qual o meu nome (então com 12 anos) se incluía; ou como Pinto Balsemão que tanto dinheiro de armamento tem lavado na SIC, ajudado talvez pelo José João Zoio ex-toureiro, arguido no processo da Universidade e de repente ilibado sem explicações; ou ainda como aquele grupo de Argel ou dos nove que cobardemente denunciou à PIDE/DGS o local onde se encontrava Humberto Delgado, o GRANDE General sem MEDO, para que esta o pudesse assassinar friamente; e o que dizer daquele político cuja única preocupação é o culto de imagem e que padece de uma doença do foro psicológico que com o passar dos tempos passou a ser uma minoria aceite como comunidade gay e que dá pelo nome de Paulo Portas.
Mais exemplos poderia dar do que são os políticos a quem entregamos este Querido País. Nós é que votamos nestas anormalidades. E se deixássemos de votar?
Fica a pergunta no ar.

segunda-feira, 31 de março de 2008

A PORTUGAL

AQUI, SOFRI (a PORTUGAL)

Estou farto de levar às costas o Mundo
Sendo sempre minha a responsabilidade de sempre acertar.
Adorava que, neste pedaço de terra imundo,
Alguém, desinteressadamente, me pudesse ajudar
A retirar disto tudo o pensamento mais profundo:
Estamos aqui para a Pátria valorizar,
Ir, sempre que nos permitir a força, mais fundo
Permitir que os timorenses tenham a paz em seu lar.

Mas a moeda de troca que nos obrigaram a ser,
Como todas, tem um reverso amargo e doloroso:
Deixamos para trás quem nos quer,
Enveredamos pelo caminho mais perigoso,
Tentamos tudo bem resolver.
Só que alguém de pensamento preguiçoso
Apenas diz: "Belas férias ireis ter"
Esquecendo um cumprimento mais honroso.

E tu que lês este poema triste e deprimente,
Acharás curioso que nele não fale de ti.
É que, para mim, seria sofrer completamente
Poder pensar que alguém de quem parti,
Pudesse vir cá ter com a gente
Para que, a partir deste mesmo aqui,
Divisasse pura e claramente,
O que por ti eu sofri.

mais um poema

PAPEL AMIGO

Vinte e nove centímetros de material branco,
Um A-4 que vai ficando marcado
Ao passar da caneta deste desterrado
Que tenta, ao menos contigo, ser franco.

Folha a folha, vou deixando impresso
Um sentimento, uma vontade, um crítico olhar
Mas, no fim de contas, é para meu bem estar
Que só aqui alguma coisa peço.

Verso a verso, escrevo o que sinto,
Desabafo o que me vai na alma chorosa,
Até que venha a hora gloriosa
De tomar o gosto a este absinto.

Poema a poema, mostro ao mundo o que sou
Sempre comigo mesmo desalentado
Por nunca saber escolher qual o melhor lado,
Pois o errado é sempre onde estou.

Por isso desabafo contigo,
Para ter alguém que ouça até ao fim.
É que não há mais ninguém para mim
Como tu, meu papel amigo.

domingo, 30 de março de 2008

Por fim para recordar o que passei

É verdade, também andei por aí com a bandeira de PORTUGAL no ombro esquerdo.
E recordo com uma ponta de vaidade, a honra que é servir a Nossa PÁTRIA.

KOSOVO

Kosovo, terra linda mas queimada
Onde, por destino, viemos parar
Sempre com PORTUGAL no coração.
Ontem fomos, do mundo, a mais importante geração,
Vamos, hoje, aonde a Pátria nos mandar.
Ontem, hoje e sempre, por ela tudo e nada.


VIVA PORTUGAL

E reparem que disse VIVA PORTUGAL e não VIVA a República Portuguesa.
O nome do meu país é PORTUGAL e não República Portuguesa.

para acabar por hoje

CONTRADIÇÃO

Que gaita de situação esta
Cheia de contradição por todo o lado.
Somos bons, trabalhamos bem, disso não se faz festa
Se, ligeiramente, metemos os pés,
Só nos resta fazer o que o outro fez:
Damos a outra face. Estávamos no sítio errado.
Mas, ainda há-de ser a minha vez
De dizer firmemente ao mais pintado
Que aqueles que têem a boca grande como jacarés
São também os da pequena testa,
Que metem ainda mais os pés
E eu cá estarei para, disso, dar recado.

ainda outro

AQUI ESTOU EU

Aqui estou eu, outra vez só entre a gente
Prcurando quem sou, o que farei no futuro
Sempre, do que me rodeia, consciente.
Todavia, oque vejo, nada mais é que duro.

Afinal o que vim aqui fazer?
Qual foi a ideia que no fundo me bateu?
Se alguém esta dúvida tiver
É porque, certamente, pensou como eu.

Descobrir o que vai dentro, olhando para fora,
Saber como reagir, ignorando o alheio sofrimento,
Na mais profunda contradição ser, aqui e agora,
Da hipocrisia dos outros, o sustento.

Mas um dia, nós os portuguese do Mundo,
Por sermos, entre as demais, a Nação especial
Saberemos elevar-nos do mar mais profundo
E gritar bem alto o nome de “PORTUGAL”.

Outro poema

AO CORRER DA PENA

É ao correr da pena
Que descarrego a minha ira,
Que toda a força me dá
E que toda a vontade me tira.

Foi ao correr da pena
Que toda a minha vida desabafei,
Mas a razão de tal coisa acontecer
Ainda não a achei.

É ao correr da pena
Que penso o que sou,
Quando, no tempo, falhei,
Porque aqui estou.

É ao correr da pena
Que acho a razão primeira
Deste meu instinto insignificante,
De toda esta minha maneira.

Será ao correr da pena
Que um dia ficarei realizado
Já que de outra maneira,
Acabarei sempre frustrado.

Só ao correr da pena
Ficarei sempre bem comigo mesmo,
Evitando de modo claro
Andar, por aí, a esmo.

E se, um dia, eu ficar prostrado
Por qualquer razão pequena,
É porque não consegui seguir o meu fado
De tudo resolver ao correr da pena.

Uma das coisas que gosto de fazer

CHUVA

Chove! Amiúde mas chove.
Chuva chata e mesquinha.
Molha tudo quanto há e houve,
Só não molha quem na rua não vinha.

Tal como na rua, dentro de mim chove.
Tal como na rua, molha tudo,
Só não molha o que houve,
Porque nada houve (não mudo).

E se isto não é verdade,
O que o é então?
Mas o que acontece na realidade?
Chove na rua e no meu coração.


Depois digam lá se gostam.

sábado, 29 de março de 2008

Mais umas linhas

Há bocado fiz enter nesta coisa e mandei uma mensagem em branco. Sou mesmo Tóino! Mas divirto-me.
O que mais me chateia é a injustiça por denunciar, aquela que vou tentar desabafar aqui.
É por exemplo injusto que os portugueses não se possam pronunciar sobre as entrada, permanência, saída e vivência do nosso querido Portugal na Europa Comunitária. É que, mais tarde ou mais cedo, todos os povos se pronunciam, menos os portugueses. Será que os nossos políticos têm medo de perder tachos como deputados na Europa? Será que não vêm que estamos a enterrar todas as capacidades que Portugal tem? E onde estão os jornalistas para denunciar mais esta injustiça? Calados que nem ratos para não perderem não se sabe bem o quê.
Mais um desabafo fica aqui, para quem quiser entender.

mais umas linas

Para começar

Olá Blog:
Não sei porque começo assim, mas todos os textos teem um começo e eu quiz este.
Este espaço é para eu dedicar a desabafos meus sobre todos os assuntos que eu ache que merecem um desabafo.
E para começar, se calhar é melhor definir-me, para que os(as) possíveis leitores(as) possam identificar claramente a infecção e a afecção que movem este desabafador.
Sou militar de carreira, sportinguista não sócio (o meu clube é mesmo o Esperança de Lagos), adepto da causa monárquica (viva El-Rei D. Duarte), homem (heterosexual), casado, com um filho e consciente que não consigo mudar o Mundo sózinho mas que, se der a minha opinião, ela pode contribuir para abrir outras mentes tão poluídas como a minha.
E o primeiro desabafo que deixo é o de que são os jornalistas os causadores dos maiores males deste País. Portugal tem problemas como qualquer outro país do Mundo, mas a maioria deles os nossos jornalistas não denunciam. Exemplo: onde está a denúncia do que ganham os nossos políticos, contribuindo para a penúiria do Estado?
Um dia destes eu continuo os meus desabafos.