quarta-feira, 30 de abril de 2008

E agora mais desabafos

Olá a todos os que lêem este blog.
Queria pedir-vos um favor: deixem comentários, digam o que pensam, queria ter as vossas opiniões. Estou neste momento com 70 visitas ao blog e 2 comentários úteis e simpáticos. Mas mais nada.
Se estou a desabafar para o éter então paro de blogar.
Sei que custa perder algum tempo a tentar entender estas coisas estranhas que para aqui ponho.
Sei também que este não é o tipo de coisas que as pessoas gostam de ler.
Mas caramba, um simples "que ganda merda" já me indicaria que alguém leu.
É uma questão cultural de nacionalidade portuguesa. Estamos habituados a ler , mas nunca comentar.
Peço-vos mais uma vez : por favor COMENTEM.
Obrigado

Como se sofre

Olhem como se sofre quando se está longe.
A esta distância até me parece exagerado o que está escrito, mas reflete exactamente o que sentia nesses momentos entre 1999 e 2001.
Se acharem lamechas passem à frente mas eu gosto.


SAUDADES TUAS

Às vezes não são os poemas que me ajudam,
São as recordações que me marcaram o passado
Que me levam a fazer o que me dá na gana.
Por isso eu peço aos amigos que me acudam,
Que me ajudem a passar este mau bocado
Desta vida que, qual espelho distorcido, me engana.

Ainda que seja de difícil solução,
Gostaria um dia de ser eu a conduzir a minha vida
De modo a concretizar os meus sonhos mais bizarros:
Ter sempre a minha família aqui à mão,
Nunca mais sentir o desgosto da partida,
Não precisar de afogar as mágoas em cigarros.

Serão assim tão difíceis de realizar estes desejos
Que parecem tão normais ao mais comum dos mortais?
E se não são, porque não os tenho eu agora?
Talvez a resposta esteja na falta dos teus beijos,
A ausência do meu filhote também é, para mim, demais.
Desejo-te com toda a força, a toda a hora,

Mas como aqui não tenho família nem amigos,
Continuo a sonhar com o dia do regresso
E ainda mais com poder-te abraçar e beijar enfim.
Esquecendo os problemas mesquinhos e antigos
Deste homem sem possibilidade de progresso
Até que abra os olhos e nisto ponha um fim.

Uma brincadeira

Esta é outra das brincadeiras que gosto de fazer.
Não foi dedicado a ninguém.
Foi apenas aproveitar títulos de canções.


PROMESSA

Já era uma aspiração antiga
E agora "já pode ser tarde",
Mas era "numa canção amiga"
Que eu te mostraria como o meu coração arde.

Essa canção seria "o barquinho da esperança"
Para te levar o meu amor.
Mas, "num olhar" de confiança,
Consegui ser eu o transportador.

Cheguei por fim ao meu destino,
Vindo da "cidade mar" com esta veia,
Para esse "canto de passagem" pequenino,
A mui nobre e sempre leal Grande Aldeia.

Mas a minha "maneira de ser"
É em tudo diferente,
É a todos bem querer,
É o "silêncio de tanta gente".

"Quero-te, choro-te,
Odeio-te, adoro-te".
Mas chorar e odiar, porquê?
Por não estares ao pé de mim, já se vê.

Mas "este quadro" singular
Em que "notícias vêm, notícias vão",
Há-de algum daí acabar,
Nem que tu digas que não.

Neste "tricot de cheiros"
Em que a saudade abarrota
Nós não somos os primeiros.
É mais antigo que "a padeirinha de Aljubarrota".

E foi "pelo fim da tarde"
Que eu enfim percebi
Porque é que o meu coração arde:
É por causa de ti.

Mas "que coisa é esta vida?"
Será o fruto do nosso desencontro?
Eu aqui te prometo, minha querida,
Está para breve "o nosso encontro".



NOTA: Entre aspas estão os títulos das canções concorrentes ao festival da canção de 1995,

AGRUPAMENTO BRAVO

Antes de pôr mais este poema aqui importa explicar o porquê de ele existir.
Trabalhei algumas vezes no Kosovo e esta é uma homenagem singela àqueles que, comigo, partilharam os mesmos anseios, as mesmas angústias e o mesmo querer de tudo fazer para bem servir Portugal.

AGRUPAMENTO BRAVO

A singela homenagem que quero prestar
Goza de uma particularidade especial.
Reunindo um pouco de sorte e muito de saber,
Untando com um pouco de orgulho nacional,
Prepara-se tudo para não azedar,
Adicionando a pouco-e-pouco experiência,
Mexendo sempre com a colher da consciência.
Entretanto, num teatro ao lado, para comparar
Nada é feito com este sal.
Tudo parecer ser feito para morrer,
Omitindo, da receita, o essencial.

Bravo, Grandes Portugueses!
Relembrem ao Mundo quem somos.
Amando sempre a Nação que, por vezes,
Vai esquecendo a História do que fomos.
Obrigado por serem o exemplo para os mais suezes.



Para os mais incautos chamo a atenção de que, iniciando cada verso se encontram letras que, lidas na vertical, indicam a quem é dirigida esta ode.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

MAIS UM DESABAFO

Escreve-se tanto neste país sobre o que parece ser a hipocrisia dos governantes, mas nada se diz. E o que parece mais normal é cada um falar as suas ideias mas, quanto mais perto está da fonte do descontentamento, menos diz. Escreve-se e fala-se mas não se diz nada. Eu não sei porque tal acontece mas vou pensar alto.
Há muito pouco tempo reviu-se o acordo ortográfico da Língua Portuguesa. Para além de perdermos uma data letras noutras tantas palavras, perdemos sobretudo a face. Deixámos de ser a Nação que manda no Português, passámos a escrever Brasileiro. Passámos a falar com sotaque estranho no País de origem da Língua. Eu nunca escreverei segundo este novo acordo ou qualquer outro que prejudique tanto a imagem do meu Portugal como este.
Volto a frisar que não escrevi República Portuguesa, escrevi Portugal. O nome do meu País é Portugal. Pátria do Português Língua. A Língua que se fala na Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) é o Português, não é o Brasileiro. Mais uma vez os nossos políticos cederam vilmente nos interesses de Portugal, mas desta vez fora longe demais, cederam na nossa Língua, um dos fundamentos para a existência de uma Nação.
Políticos como Álvaro Cunhal, que tentaram vender este País à Rússia e que enterrou mais a economia do País em ano e meio do que todos os que se lhe antecederam e sucederam (ainda está o Estado hoje a pagar indemenizações desses tempos de ocupações selváticas de propriedade privada); como Mário Soraes que, para além de vender o País à comunidade europeia (com letra pequena de propósito), conseguiu fazer a mais estúpida descolonização de que há memória na História do Mundo e que disse numa entrevista em 1975 que os Portugueses que viviam nas ex-Colónias se deveriam mandar aos tubarões; como otelo saraiva de carvalho (este nome repugna-me desculpem tive de ir vomitar e voltei) que para além de terrorista, foi dos mais chorou aquando do enterro do saudoso Dr. Oliveira Salazar e foi aquele que elaborou as listas de pessoas a abater no Campo Pequeno, na qual o meu nome (então com 12 anos) se incluía; ou como Pinto Balsemão que tanto dinheiro de armamento tem lavado na SIC, ajudado talvez pelo José João Zoio ex-toureiro, arguido no processo da Universidade e de repente ilibado sem explicações; ou ainda como aquele grupo de Argel ou dos nove que cobardemente denunciou à PIDE/DGS o local onde se encontrava Humberto Delgado, o GRANDE General sem MEDO, para que esta o pudesse assassinar friamente; e o que dizer daquele político cuja única preocupação é o culto de imagem e que padece de uma doença do foro psicológico que com o passar dos tempos passou a ser uma minoria aceite como comunidade gay e que dá pelo nome de Paulo Portas.
Mais exemplos poderia dar do que são os políticos a quem entregamos este Querido País. Nós é que votamos nestas anormalidades. E se deixássemos de votar?
Fica a pergunta no ar.