quarta-feira, 30 de abril de 2008

Como se sofre

Olhem como se sofre quando se está longe.
A esta distância até me parece exagerado o que está escrito, mas reflete exactamente o que sentia nesses momentos entre 1999 e 2001.
Se acharem lamechas passem à frente mas eu gosto.


SAUDADES TUAS

Às vezes não são os poemas que me ajudam,
São as recordações que me marcaram o passado
Que me levam a fazer o que me dá na gana.
Por isso eu peço aos amigos que me acudam,
Que me ajudem a passar este mau bocado
Desta vida que, qual espelho distorcido, me engana.

Ainda que seja de difícil solução,
Gostaria um dia de ser eu a conduzir a minha vida
De modo a concretizar os meus sonhos mais bizarros:
Ter sempre a minha família aqui à mão,
Nunca mais sentir o desgosto da partida,
Não precisar de afogar as mágoas em cigarros.

Serão assim tão difíceis de realizar estes desejos
Que parecem tão normais ao mais comum dos mortais?
E se não são, porque não os tenho eu agora?
Talvez a resposta esteja na falta dos teus beijos,
A ausência do meu filhote também é, para mim, demais.
Desejo-te com toda a força, a toda a hora,

Mas como aqui não tenho família nem amigos,
Continuo a sonhar com o dia do regresso
E ainda mais com poder-te abraçar e beijar enfim.
Esquecendo os problemas mesquinhos e antigos
Deste homem sem possibilidade de progresso
Até que abra os olhos e nisto ponha um fim.

1 comentário:

Anónimo disse...

Feliz de quem tem um homem assim como parceiro e familiar.....Como Pai e Marido, Amante e Cumplice.
Parabéns....
Pena o sofrimento, mas de lamecha não tem nada.