segunda-feira, 31 de março de 2008

A PORTUGAL

AQUI, SOFRI (a PORTUGAL)

Estou farto de levar às costas o Mundo
Sendo sempre minha a responsabilidade de sempre acertar.
Adorava que, neste pedaço de terra imundo,
Alguém, desinteressadamente, me pudesse ajudar
A retirar disto tudo o pensamento mais profundo:
Estamos aqui para a Pátria valorizar,
Ir, sempre que nos permitir a força, mais fundo
Permitir que os timorenses tenham a paz em seu lar.

Mas a moeda de troca que nos obrigaram a ser,
Como todas, tem um reverso amargo e doloroso:
Deixamos para trás quem nos quer,
Enveredamos pelo caminho mais perigoso,
Tentamos tudo bem resolver.
Só que alguém de pensamento preguiçoso
Apenas diz: "Belas férias ireis ter"
Esquecendo um cumprimento mais honroso.

E tu que lês este poema triste e deprimente,
Acharás curioso que nele não fale de ti.
É que, para mim, seria sofrer completamente
Poder pensar que alguém de quem parti,
Pudesse vir cá ter com a gente
Para que, a partir deste mesmo aqui,
Divisasse pura e claramente,
O que por ti eu sofri.

mais um poema

PAPEL AMIGO

Vinte e nove centímetros de material branco,
Um A-4 que vai ficando marcado
Ao passar da caneta deste desterrado
Que tenta, ao menos contigo, ser franco.

Folha a folha, vou deixando impresso
Um sentimento, uma vontade, um crítico olhar
Mas, no fim de contas, é para meu bem estar
Que só aqui alguma coisa peço.

Verso a verso, escrevo o que sinto,
Desabafo o que me vai na alma chorosa,
Até que venha a hora gloriosa
De tomar o gosto a este absinto.

Poema a poema, mostro ao mundo o que sou
Sempre comigo mesmo desalentado
Por nunca saber escolher qual o melhor lado,
Pois o errado é sempre onde estou.

Por isso desabafo contigo,
Para ter alguém que ouça até ao fim.
É que não há mais ninguém para mim
Como tu, meu papel amigo.

domingo, 30 de março de 2008

Por fim para recordar o que passei

É verdade, também andei por aí com a bandeira de PORTUGAL no ombro esquerdo.
E recordo com uma ponta de vaidade, a honra que é servir a Nossa PÁTRIA.

KOSOVO

Kosovo, terra linda mas queimada
Onde, por destino, viemos parar
Sempre com PORTUGAL no coração.
Ontem fomos, do mundo, a mais importante geração,
Vamos, hoje, aonde a Pátria nos mandar.
Ontem, hoje e sempre, por ela tudo e nada.


VIVA PORTUGAL

E reparem que disse VIVA PORTUGAL e não VIVA a República Portuguesa.
O nome do meu país é PORTUGAL e não República Portuguesa.

para acabar por hoje

CONTRADIÇÃO

Que gaita de situação esta
Cheia de contradição por todo o lado.
Somos bons, trabalhamos bem, disso não se faz festa
Se, ligeiramente, metemos os pés,
Só nos resta fazer o que o outro fez:
Damos a outra face. Estávamos no sítio errado.
Mas, ainda há-de ser a minha vez
De dizer firmemente ao mais pintado
Que aqueles que têem a boca grande como jacarés
São também os da pequena testa,
Que metem ainda mais os pés
E eu cá estarei para, disso, dar recado.

ainda outro

AQUI ESTOU EU

Aqui estou eu, outra vez só entre a gente
Prcurando quem sou, o que farei no futuro
Sempre, do que me rodeia, consciente.
Todavia, oque vejo, nada mais é que duro.

Afinal o que vim aqui fazer?
Qual foi a ideia que no fundo me bateu?
Se alguém esta dúvida tiver
É porque, certamente, pensou como eu.

Descobrir o que vai dentro, olhando para fora,
Saber como reagir, ignorando o alheio sofrimento,
Na mais profunda contradição ser, aqui e agora,
Da hipocrisia dos outros, o sustento.

Mas um dia, nós os portuguese do Mundo,
Por sermos, entre as demais, a Nação especial
Saberemos elevar-nos do mar mais profundo
E gritar bem alto o nome de “PORTUGAL”.

Outro poema

AO CORRER DA PENA

É ao correr da pena
Que descarrego a minha ira,
Que toda a força me dá
E que toda a vontade me tira.

Foi ao correr da pena
Que toda a minha vida desabafei,
Mas a razão de tal coisa acontecer
Ainda não a achei.

É ao correr da pena
Que penso o que sou,
Quando, no tempo, falhei,
Porque aqui estou.

É ao correr da pena
Que acho a razão primeira
Deste meu instinto insignificante,
De toda esta minha maneira.

Será ao correr da pena
Que um dia ficarei realizado
Já que de outra maneira,
Acabarei sempre frustrado.

Só ao correr da pena
Ficarei sempre bem comigo mesmo,
Evitando de modo claro
Andar, por aí, a esmo.

E se, um dia, eu ficar prostrado
Por qualquer razão pequena,
É porque não consegui seguir o meu fado
De tudo resolver ao correr da pena.

Uma das coisas que gosto de fazer

CHUVA

Chove! Amiúde mas chove.
Chuva chata e mesquinha.
Molha tudo quanto há e houve,
Só não molha quem na rua não vinha.

Tal como na rua, dentro de mim chove.
Tal como na rua, molha tudo,
Só não molha o que houve,
Porque nada houve (não mudo).

E se isto não é verdade,
O que o é então?
Mas o que acontece na realidade?
Chove na rua e no meu coração.


Depois digam lá se gostam.

sábado, 29 de março de 2008

Mais umas linhas

Há bocado fiz enter nesta coisa e mandei uma mensagem em branco. Sou mesmo Tóino! Mas divirto-me.
O que mais me chateia é a injustiça por denunciar, aquela que vou tentar desabafar aqui.
É por exemplo injusto que os portugueses não se possam pronunciar sobre as entrada, permanência, saída e vivência do nosso querido Portugal na Europa Comunitária. É que, mais tarde ou mais cedo, todos os povos se pronunciam, menos os portugueses. Será que os nossos políticos têm medo de perder tachos como deputados na Europa? Será que não vêm que estamos a enterrar todas as capacidades que Portugal tem? E onde estão os jornalistas para denunciar mais esta injustiça? Calados que nem ratos para não perderem não se sabe bem o quê.
Mais um desabafo fica aqui, para quem quiser entender.

mais umas linas

Para começar

Olá Blog:
Não sei porque começo assim, mas todos os textos teem um começo e eu quiz este.
Este espaço é para eu dedicar a desabafos meus sobre todos os assuntos que eu ache que merecem um desabafo.
E para começar, se calhar é melhor definir-me, para que os(as) possíveis leitores(as) possam identificar claramente a infecção e a afecção que movem este desabafador.
Sou militar de carreira, sportinguista não sócio (o meu clube é mesmo o Esperança de Lagos), adepto da causa monárquica (viva El-Rei D. Duarte), homem (heterosexual), casado, com um filho e consciente que não consigo mudar o Mundo sózinho mas que, se der a minha opinião, ela pode contribuir para abrir outras mentes tão poluídas como a minha.
E o primeiro desabafo que deixo é o de que são os jornalistas os causadores dos maiores males deste País. Portugal tem problemas como qualquer outro país do Mundo, mas a maioria deles os nossos jornalistas não denunciam. Exemplo: onde está a denúncia do que ganham os nossos políticos, contribuindo para a penúiria do Estado?
Um dia destes eu continuo os meus desabafos.