sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Agora é que vão ser elas

Pois é. Hoje isto vai-se complicar.
É que eu também faço das minhas brincadeiras em Inglês.
E hoje estou para aí virado.
Para quem estuda línguas, isto parecerá pobre. Mas para quem, como eu, só utiliza o inglês técnico da profissão, isto é dificílimo.
A vós que fazéis o favor de me ler, peço desculpas se algo será menos conseguido, mas deixo por aqui três incursões pelos poemas em inglês, por ordem cronológica da sua feitura.
Comecemos, sem mais delongas, por um entitulado AMOR EM INGLÊS que foi escrito nos meus 18 para 19 anos.


I love her so much as anybody can think.
I dream with her
in dreams of pink.
Can't we go ahead together?


She's in the eighteens.
I met her not so long ago.
she doesn't know what, to me, she means.
Can she do so?


She's crazy like only herself:
She believes in aspect.
She loves herself.
Is that correct.



Bem. Este já está. agora veem aí coisas ainda mais estranhas. Kosovo 2000. Despedida dedicada aos membros da NATO que trabalharam comigo no AOCC (Air Operations Coordination Center) em Pristina. Chama-se CAS (Close Air Support) e tem na vertical, como é meu gosto, KFOR (Kosovo FORce) AOCC TACP'S (Tactical Air Control PartieS).



Knowing you is konwing everything that matters,
Further more is exaggerating things.
On the OP's, looking to the skies, surching for targets,
Recognizing itineraries, guessing what weathaer brings.


Always ready to copyyyyyyyyy,
On us only we trust, believe it.
Ceiling and visibility ok,
Come on! Give me one mission or live it.


Taking away the jokes, living the rest,
Always trying to keep up the good working.
Calmly we try to work it out.
Please never let the shadow get down to scout.
Simply let's be what we ever been: "THE BEST".

E agora um último bem mais recente, de Outubro de 2008, entitulado ISAF ITAS (International Security for AFghanistan , Intra Theatre Airlift System), que na altura dediquei aos camaradas estrangeiros que comigo trabalharam.

Imagine that you are in an endless confusion,
Sometimes even in a big stormy wave.
After all you're only at the ITAS perfection illusion,
For a VVIP transportation, that we had all days to save.

In some ways, we are crazy like hell,
Tough we work ia an yesterday basis
Allways trying to get it well
Someteimes we are, from Afghanistan, the oasis.

Espero que gostem e que comentem.
Beijos e abraços

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Hoje tem dedicatória

Olá de novo:
Hoje isto vai ter dedicatória.
Passo a explicar.
Por muito que o neguemos ou que queiramos esconder, existe um momento na vida em que ela mesma dá uma volta, de quantos graus não sei. A maioria de nós adultos, homens e mulheres, fomos, somos ou seremos pais. E essa felicidade que se sente naquele primeiro momento mágico em que se descobre que, fruto de um acto pensado e amado, uma vida começa a dar os seus primeiros trémulos passos, não tem par pelo resto da vida fora. Ser pai ou mãe só não é maravilhoso para aqueles que, por vicissitudes diversas, não o desejavam ou então, para aqueles que não sabem respeitar a nova vida que desponta.
Outras pessoas existem na minha vida que mereciam estar nestas dedicatórias, mas, pelo cunho muito pessoal dos versos que lhes fui dedicando, não cabem num blog que se quer público e, por isso, menos privado que o conveniente. Mas o meu filho merece que lhe dedique estas linhas, publicando dois dos poemas mais significativos que lhe dediquei.
O primeiro é de 1998 e foi talvez das primeiras coisas que ele leu de seguida.

Luís Eduardo, meu filho querido
Um traquina muito sabido
Inteligente, ladino e teimoso
Sempre meigo e por chupas guloso.

És uma das razões do meu viver
Dado que outro será a mãe, está bem?
Uma criança especial e sem par.
Ainda não és homem mas vais ser,
Recordando isto quando fores alguém,
Danadinho sempre por brincar
O pequeno grande amigo deste pai baboso.


O segundo dispensa datas e para quem como ele me conhece saberá da data da sua feitura. A TI LUÍS.

A vida complicou-se e muito,
A encruzilhada é grande e penosa,
Apenas tendo os espinhos da rosa,
Tendo de descobrir das vicissitudes o intuito.

Se fosse ministro resignava,
Se fosse atleta desistia,
Se fosse bebé adormecia,
Só para não enfrentar o que me trava.

Mas não sou ministro, por isso persisto,
Não sou atleta, por isso continuo correndo,
Mantenho-me acordado, sofrendo
Por ti, razão pela qual resisto.

És o ser do meu ser,
Aquilo que sempre quis a meu lado.
E, se hoje de ti estou separado,
Foi por respeitar o teu querer.

Ajuda-me a sofrer este momento,
Sofre a meias com o teu pai,
como a árvore que abana e não cai.
No futuro, o hoje será apenas um lamento.

E ao recordares um dia
Este episódio sofrido da vida,
Verás que tudo tem sempre saída
Se o passares com boa companhia.


Permito-me, antes de terminar, pedir-vos que dêem atenção à diferença de linguagem que é preciso usar entre o discurso para uma criança de 6 anos e o outro para uma outra já mais velhita.
Prontos. Desculpa puto pela inconfidência mas tinha de ser.
Um abraço dos nossos.

domingo, 25 de janeiro de 2009

A continuação dos poemas

Ora vamos lá continuar.
Hoje deixo aqui três poemas que são o exemplo das brincadeiras que gosto de fazer. Espero que gostem.
O primeiro foi dedicado a um Major que comigo trabalhou e me fez o favor de ensinar algumas coisas que ainda hoje aplico, com sucesso, na vida militar. Bem haja Major Jorge Eusébio.
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JORGE EUSÉBIO
Já lá vão alguns anos,
Orientado por uma força sublime.
Recrutado e cursado,
Ganhou asas, voou firme
E aterrou, de tanto voar, cansado.
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Ei-lo agora de alma nova,
Uma ave em plena liberdade.
Sabe o que fazer e para onde ir.
É para desistir? Uma ova!
Bater asas e sair,
Indo de encontro a uma ansiedade:
"O voar só por voar e não para partir".
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O seguinte foi feito na despedida de mais um exercício, no qual foi promovido a Capitão, com os meus galões, um dos melhores amigos que fizeram o favor de se intrometer na minha vida. Filipe Azinheira OBRIGADÃO. Falo também de outras pessoas de quem destaco o, na altura, Tenente-Coronel Torres Ferreira, HOMEM com as letras todas grandes.
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LUSÍADA 98
Lá viemos nós, outra vez.
Uma sina que continua.
Saímos para esta dormida na rua
Imitando nómadas e antepassados.
Ainda que, não sendo boa rez,
Damos connosco criando bons bocados,
Andando sempre com a ideia para além da Lua.
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Não conhecíamos alguns elementos:
Os barbas, Coelho e Leal,
Velhos como o Azinheira, especial
E o Mendes algarvio, bons mas muito lentos.
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Outro falta mencionar,
Indo muito para além do vulgar:
Torres Ferreira o nome, HOMEM por condição.
Obrigado a todos, a si um abração.
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O último por hoje foi dedicado ao pessoal do Agrupamento Delta que comigo passou muito do seu tempo no Kosovo e que se encontrava em Tessalónica para o regresso, onde o escrevi nas costas da factura do restaurante onde jantámos e cantámos umas fadistices. A vós militares do DELTA obrigado por tudo o que proporcionaram.
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TESSALÓNICA
Tudo quanto vivemos
Está gravado na nossa memória.
Sempre, de tudo, tivemos.
Só nos resta ficarmos na História.
Ainda que coisas nos digam,
Lá, onde nos encontrarmos,
Onde recordaremos o nosso ser,
Nunca poderão de nós dizer
Isso de nunca acertarmos.
Comunicando, de certeza nos ligam.
A História é a nossa VICTÓRIA.
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E deixo-vos também a carta de despedida que escrevi a esse mesmo Agrupamento aquando da despedida deles do Teatro Operacional do Kosovo. Pouco vos dirá este espaço do blog, mas é também uma forma de vos dar a conhecer a minha faceta mais virada para as coisas militares, que não deixam de ser criações deste que vos escreve.

ATÉ SEMPRE DELTA
É chegada a hora da vossa partida, para nós que ficamos, a missão é a de continuar a honrar a Bandeira Nacional, no mínimo, tão bem como todos os Militares do agrupamento Delta fizeram. Vai-nos na alma um sentimento misto de alegria e tristeza. Alegria por sabermos que, finalmente, o regresso ao lar em Portugal se vai concretizar para os homens e as mulheres do DELTA. Tristeza por vermos partir gente valorosa que muito bem soube dignificar o nome da nossa Pátria.
Vocês souberam ser o garante da segurança na AOR que vos estava atribuída, pelo modo como levavam a cabo as operações que vos foram distribuídas. Souberam fazer-se respeitar e admirar pelas gentes locais, pelo saber estar tão comum ao Homem Português. Ao fim e ao cabo souberam fazer jus ao vosso lema: "COMO A RAZÃO E A ORDEM CONCERTAVAM".
Tal como vós, também nós queremos fazer do nosso lema: "EX MERO MOTU", a nossa razão de existência neste Teatro de Operações. Será através da nossa motivação e do nosso querer, agora ainda mais que ficamos isolados nesta localidade de Klina, que tentaremos manter o nível por vós demonstrado nesta missão.
Obrigado por terem sido, de nós, os companheiros. Sem vós teríamos ficado sem apoio de qualquer espécie e, muito mais importante que isso, não nos teríamos sentido como se estivéssemos em Portugal. Foi isso que nos proporcionaram também: o sentir que, onde há Portugueses, é Portugal, independentemente do local onde isso se verifique.
Os votos desta Equipa de TACP, para todos os Militares componentes do Agrupamento DELTA, são os de um bom regresso. Que encontrem bem tudo o que deixaram para trás há mais de oito meses e que vão sempre recordando os bons momentos, as amizades e o respeito angariados por entre as gentes kosovars e, sobretudo, a satisfação de um dever muito bem cumprido.
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Até à próxima e façam o favor de tentar gostar.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Apenas um poema

QUE MAL FIZ EU?

Estou a começar a sentir o isolamento dos viajantes,
Para lá e para cá sem rumo certo,
Temia que isto viesse a acontecer,
Mas tão depressa não, sou franco.
Tudo o que tinha ficou para trás, sem concerto.
E agora, defronte desta página em branco,
Queria voltar ao que era antes,
Mas apenas consigo ser o que tenho de ser.

O trabalho é estranho, o isolamento prolongado,
A distância é longa, o silêncio mata,
A vida é difícil, a ilha pequena,
As pessoas são boas mas ando isolado por entre a gente.
A mente, a razão não acata
O coração finge que não sente mas sente.
Ando por aí, de lado para lado
Em busca de uma existência mais amena.

A impotência para mudar as coisas cresce a cada passo,
A cada minuto melhor entendo este meu fado
De ter o futuro risonho de um camafeu
Sem utilidade ou beleza que se note.
Se hoje não estou a vosso lado
Deve ser porque pertenço a esse lote
Que congrega em si o falso aço.
Mas respondam-me: “Que mal fiz eu?”

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

De novo convosco

Hoje vou pôr aqui uma ou duas obras que me dizem alguma coisa. Não quer dizer que as outras não digam, mas estas são especiais e, a seu tempo, entenderão porquê.

Primeiro um que foi elaborado ao despique com alguém que hoje é célebre e que tive a felicidade de conhecer uma noite no Pavilhão Chinês, no Príncipe Real, perto do Bairro Alto. Chama-se PASTILHAS, que foi o mote que nos deram aos dois para desenvolver. A primeira parte é de António Lobo Antunes (até ao *) e depois é minha.

Pastilhas p'ra cabeça,
Pastilhas p'ro estômago,
Pastilhas p'ro cancro com filtro.
Tantas pastilhas.
Oh medicina, que degeneração.
Oh meu corpo belo
Todo tu és pastilhas.

Olha-se, observa-se, que se vê?
Só pastilhas (*)

Pastilhas, pastilhas,
Nada mais que pastilhas.
Pastilhas-nervos:
Pastilhas elásticas
Que se mascam;
Pastilhas-dores:
Pastilhas medicinais
Que se tomam.
Eh, pastilha aí!
Tanta pastilha acaba mal.
Pastilhas e mais pastilhas.

Um outro é uma tentativa que fiz nos sonetos.
Não é que esteja muito bom, mas deu trabalho e vi que fui capaz.
Chama-se SAUDADE.

Na treva escura da noite vejo
Que o meu amor está distante,
Que não há força bastante
Para me trazer o que desejo.

Isso é tanto mais importante
Porque longe está o bom cortejo
do abraço, carinho e beijo
da mulher, querida e amante.

Sempre teimarei em muito amar,
É essa a minha grande vontade,
Nem que, para tal, precise de chorar.

Assim terei sempre liberdade
para a todos os ventos gritar
E espantar assim a SAUDADE.

Não é épico, não tem métrica definida, mas saiu-me bem.
E para terminar por hoje uma das brincadeiras que gosto de fazer. Se repararem nas primeiras letras de cada verso e se as lerem na vertical encontrarão o tema do verso. Ao longo destas minhas bloguisses irão constatar que é uma das coisas que melhor faço: ponho no papel, na vertical, essas primeiras letras e depois encaixo o que me vai na alma sobre o tema.
Acho que vai haver alguém a quem isto diz muito, espero que gostem todos. FAC é o título.

Foi difícil, mas estamos aqui,
Onde ninguém esperava, chegámos,
Remámos contra a maré, aguentámos.
Weather reports fazemos sem receio;
Adivinhamos o que se nos depara, pelo meio.
Reuniremos mais à frente, ali,
Desde que não nos ponham freio.

Acreditamos não ser prefeitos, nem importantes,
Iremos, no entanto, ser humildes mas grandes,
Recordaremos sempre que seremos, da profissão, os garantes.

Cremos na multiplicidade da personalidade,
Omitiremos as diferenças na dificuldade,
Não iremos atrás de glórias vãs,
Tentaremos fazer, dos outros, nossos fãs.
Recordaremos este tempo sério e nobre
Onde a vida foi tudo, menos pobre.
Lutaremos por uma visibilidade merecida
Ligada a uma sobriedade reconhecida
E seremos sempre, dos pilotos, o amigo primeiro.
Recordem:"SOMOS FAC'S DE CORPO INTEIRO".

Emocionei-me ao escrever. Já não escrevo mais hoje.
Até à próxima. E afinal foram mais três.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Vou começar hoje

É verdade, vou começar hoje.
Calma eu já explico.
Vou começar hoje a pôr aqui os meus poemas mais antigos por uma ordem mais ou menos cronológica. Vou começar a escrever aqui o que poderá vir a ser a compilação dos meus escritos.
E começo pelo que tenho a certeza que foi o primeiro e que se chama MEDITAÇÃO.

Tu! Oh, velha árvore,
Que tanto viste neste jardim,
Diz-me que se passa comigo,
Porque se riem de mim.

Tu! Oh, velha árvore,
Diz-me, sem mentir,
Porque será que há no mundo
Tanta falta de sentir.

Será isto justo?
Será isto fatal?
Tu! Oh, velha árvore,
Diz-me o que é real.

Não há no Mundo
Maior felicidade do que amar.
Tu! Oh, velha árvore,
Diz-me se isto é exagerar.

Tu! Oh, velha árvore,
Que tanto viste neste jardim,
Diz-me se, na verdade,
O amor não é para mim.


E agora uma brincadeira que fiz com os títulos de um dos festivais da canção nacional. Chama-se DECLARAÇÃO - FESTIVAL

Tu és para mim "um grande, grande amor"
És aquilo que trago "guardado em mim".
Para mim seria o "concerto maior"
Ouvir tua "doce" voz, dizer sim.

Mas nesta "página em branco"
Não quero dar-te "música portuguesa"
"Self made man" não, sou franco.
Se precisares de mim, ajudar-te-ei com certeza.

Talvez lá para "Agosto em Lisboa"
Eu te esqueça de vez,
E que deixe de andar à toa
Após esta "lição de Português".


Entre aspas estão todos os títulos concorrentes a esse festival.

E por hoje acabo com um bem antiguinho também e que é um exercício à volta de uma só palavra. Seu título UM SONHO.

A vida é um sonho.
Mas será só isso, o sonho?
Eu sonho
Que não é só isso, o sonho.
O sonho,
Para além do sonho,
É mais que um sonho:
É uma realidade de sonho,
Que tem a importância de um sonho.
E como só há importância no sonho,
Eu sonho
Que todos têm um sonho:
Ser algo mais que um sonho,
Porque o sonho
Não passa de um sonho,
É um sonho.
E prontos, eis o meu sonho
Que não passa de um sonho,
Por ser um sonho.

Espero que gostem.
Até à próxima.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Mais uma coisita

Desculpem.
Com o entusiasmo da escrita esqueci-me de dizer que estou agora nos Açores, no mínimo por dois anos.
Disse tão bem disto que me deram a oportunidade de desfrutar destas enormes belezas distribuídas por nove pedaços de PORTUGAL, no meio do oceano (A NOSSA VERDADEIRA VOCAÇÃO DESDE SEMPRE, O MAR).

ANO novo, VIDA velha

Olá a vós que me lêem.
Estive tanto tempo fora destas lides, mas hoje teve de ser.
Acabei de ouvir o Sr. Presidente da República e não gostei.
Então o chefe supremo das Forças Armadas não tem uma única palavra para dizer aos seus homens e mulheres militares?
Que tristeza tão grande se sente, quando somos postos à margem sem razão alguma que o justifique.
Só se falou da crise e de que temos todos de ajudar. Então não chegámos onde estamos exactamente por causa da falta de uma política verdadeiramente nacional? Não foram estes nossos políticos que nos meteram na situação em que estamos, Dr. Cavaco Silva incluído? Não será que existe falta de gente capaz para governar este País? Qual é a política internacional de Portugal? Qual o nosso Espaço de Interesse Estratégico? Algum dos nossos políticos sabe sequer o que isto significa?
Todos sabemos que os políticos mandam em nós militares, nem faria sentido que fosse de outra forma. Os políticos começam e acabam uma guerra, nós estamos no meio para lhes dar poder negocial. Sempre foi assim, somos o braço armado da política internacional de Portugal. Mas salta-me uma pergunta nesta mente, talvez distorcida por uma qualquer deficiência vinda da minha profissão: E neles? Quem manda neles?
- O povo? Esse não que, se é um facto que vota neles, não vota livremente em nomes mas sim em listas de partidos, que depois podem ser alteradas por dá cá aquela palha.
- A Assembleia da República? Essa não que é constituída por eles.
- O Governo? Esse não pela mesma razão.
- Os tribunais? Esses não que quando os têm no banco dos réus não os condenam.
- O Presidente da República? Esse também não que é um dos deles.
Então quem? Já viram com certeza onde quero chegar. Eles mandam neles próprios. Ninguém manda neles.
Volto sempre à mesma ideia: faz falta alguém que meta na linha estes políticos que temos e que são de meia tigela. Faz falta um REI a PORTUGAL, que zele pela unidade e pelos interesses nacionais, pela coesão e organização do País, que ponha na ordem do dia dos políticos um País chamado PORTUGAL e não os bolsos desses mesmos políticos e dos seus familiares e amigos e que seja um chefe dos militares na verdadeira acessão da palavra.
Eu não sou pela violência gratuita, a minha arma preferida é a palavra. Mas, honra lhe seja feita, Paulo Bento, falando dos árbitros, disse que se tem de criar em Alvalade um ambiente muito menos simpático para esses senhores de modo a aumentar o respeito pela casa que visitam. Pergunto eu: porque não aplicar a mesma receita aos políticos portugueses?
Deixo-vos com esta pergunta e com os votos de um muito bom ano de 2009. Que seja um ano de viragens em Portugal.
Beijos e abraços.